Era uma vez, uma estrelinha. Ela era como as outras possuía uma luz
que a fazia brilhar, contudo, não a impedia de pensar que mesmo sendo irradiante, não fosse tão intensa quanto as outras.
Certa vez, perdida no infinito do espaço, trancada em seu próprio mundo, orbitava entre a terra do querer e do poder. Queria muitas coisas, mas não poderia ter todas elas. Sonhava em ir além, descobrir outras galáxias, sair um pouco de sua órbita, e vagar pelo desconhecido do seu desejo.
Isso acontecia quase sempre.
No ápice de sua visita a fantasia, ele dava uma pausa ponderada. Sua mente vagante voltava a realidade de seu universo. Todo aquele fulgor que a fazia brilhar tão fortemente igualmente ao sol, havia deixado já sua intensidade de lado.
A pobre estrelinha gostava muito de sonhar, porque somente em seus sonhos ela conseguia ser admirada da maneira como sempre sonhava. Ela queria ser amada, mas suas paixões eram como cometas, que vinham e iam de maneira repentina, que mal a pobre estrelinha conseguia desfrutar desse encanto galaxial.
Certa vez, ela viu uma estrela cadente passar por ela e fez um pedido. Já que não conseguia brilhar como as outras, que ao menos pudesse ser passageira também.
Passado alguns anos-luz, uma chuva de meteoros a envolveu, dispeando-a pelo espaço, então uma camada de nuvem gasosa cobriu-a com tamanha rapidez, que num piscar de olhos, lá estava ela correndo, correndo como a um corcel, um corcel do Univeo. Corria pelo espaço espaçoso a sua volta. Toda atenção estava voltada para ela, Todos os olhos eram para ela.
Ela sumiu minutos depois, mas antes de ir, sorriu de tamanha satisfação, pois jamais alguém a em todo o seu esplendor como naquela hora. Ela olhou a sua volta e sorriu, porque ao menos uma vez na vida se sentiu realizada. Então se apagou no infinito de sua existência.
Meyre Almeida.
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