Estou cansado de sorrisos falsos,
Vago por cemitérios
Peço licença e deito-me sob um tumulo qualquer.
Sinto a neblina da noite fria passar por mim
Sinto-me livre de toda podridão da sociedade,
Mas só por um breve momento pois percebo que
Por mais que não queira faço parte disto,
O mundo que vivo não me deixa mudar por completo
Quando tento sair
Sou puxado de volta para o fundo do poço
Por um monstro cheio de garras que se alimenta de minh'alma.
domingo, 25 de março de 2012
quinta-feira, 22 de março de 2012
Lacrimae Rerum
Noite, irmã da Razão e irmã da Morte,
Quantas vezes tenho eu interrogado
Teu verbo, teu oráculo sagrado,
Confidente e intérprete da Sorte!
Aonde são teus sóis, como coorte
De almas inquietas, que conduz o Fado?
E o homem por que vaga desolado
E em vão busca a certeza, que o conforte?
Mas, na pompa de imenso funeral,
Muda, a noite, sinistra e triunfal,
Passa volvendo as horas vagarosas...
É tudo, em torno a mim, dúvida e luto;
E, perdido num sonho imenso, escuto
O suspiro das cousas tenebrosas...
Antero de Quental
Quantas vezes tenho eu interrogado
Teu verbo, teu oráculo sagrado,
Confidente e intérprete da Sorte!
Aonde são teus sóis, como coorte
De almas inquietas, que conduz o Fado?
E o homem por que vaga desolado
E em vão busca a certeza, que o conforte?
Mas, na pompa de imenso funeral,
Muda, a noite, sinistra e triunfal,
Passa volvendo as horas vagarosas...
É tudo, em torno a mim, dúvida e luto;
E, perdido num sonho imenso, escuto
O suspiro das cousas tenebrosas...
Antero de Quental
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