sábado, 10 de dezembro de 2011

Passageiro Sombrio

As vezes é como se um monstro acordasse dentro de mim. Me encho de ódio e cada músculo do meu ser se move com tanta raiva que chega a tremer. O passageiro Sombrio da minha alma toma conta de mim nessas horas. Meus olhos se injetam de sangue mas eu não sinto culpa, me sinto livre como se o Passageiro Sombrio fosse meu verdadeiro eu.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Cansei disso. Quero chegar ao limite, ao ponto de escolher entre a vida ou as lembranças dela. Sozinho ou não irei iniciar a jornada, até o fim, testar limites, passas limites.Depois que tudo acabar, poderei dizer que vivi, terei histórias pra contar em volta de uma fogueira, poderei lembrar de tudo que vivi e sentir o sabor de tudo que provei, seja bom ou seja ruim.

domingo, 4 de dezembro de 2011


Blog de mundogotico :۩ ۞ ۩ POEMAS & POESIAS ۩ ۞ ۩, QUERO
Eu respiro o perfume do
     lírio do campo

Que já não sustenta mais
de angúnstia

Sangram as lágrimas que
caem...
Suspira à saudade que
varre as lembranças..

Quero cair....quero me jogar
ao longe onde nada mais
me acolherá

Quero derramar sozinha
minhas lágrimas

Como o lírio, quero me
isolar... mesmo que eu sangre
até a sublime morte...

Quero deitar-me sob a terra e
observar a beleza de estar
vulnerável e sozinha

Ser absorvida para seu
interior

Ser parte da sua essência

É tudo que quero e penso em
sentir

Em meus mais profundos
momentos de desespero

Quando minha alma exala
o som da morte

Ao mesmo implícita o desejo
de estar permeando a beleza
vivida aos antepassados

Um desejo que arde...que
anseia a intorromper esse
sentimento

Mas que não tem forças para
lutar a isso...

A esperança que resta não
basta...

Liga-se a mim por apenas
um trêmulo fio

Que a qualquer momento,
assim como minha vida,
poderá se romper.

Rifa-Clarice Lispector




Rifa-se um coração quase novo. Um coração idealista. Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração moleque que insiste em pregar peças no seu usuário.
Rifa-se um coração que na realidade está um pouco usado, meio calejado, muito machucado e que teima em alimentar sonhos, e cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente que nunca desiste de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado, coração que acha que Tim Maia estava certo quando escreveu... "não quero dinheiro, eu quero amor sincero, é isso que eu espero...".
Um idealista... Um verdadeiro sonhador... Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece, e mantém sempre viva a esperança de ser feliz, sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando relações e emoções verdadeiras.
Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes revê suas posições arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado.
Tantas vezes impulsivo.
Rifa-se este desequilibrado emocional que, abre sorrisos tão largos que quase dá pra engolir as orelhas, mas que também arranca lágrimas e faz murchar o rosto.
Um coração para ser alugado, ou mesmo utilizado por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado indicado apenas para quem quer viver intensamente e, contra indicado para os que apenas pretendem passar pela vida matando o tempo, defendendo-se das emoções.
Rifa-se um coração tão inocente que se mostra sem armaduras e deixa louco o seu usuário.
Um coração que quando parar de bater ouvirá o seu usuário dizer para São Pedro na hora da prestação de contas: "
O Senhor poder conferir", eu fiz tudo certo, só errei quando coloquei sentimento.
Só fiz bobagens e me dei mal quando ouvi este louco coração de criança que insiste em não endurecer e, se recusa a envelhecer".
Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por outro que tenha um pouco mais de juízo.
Um órgão mais fiel ao seu usuário.
Um amigo do peito que não maltrate tanto o ser que o abriga.
Um coração que não seja tão inconseqüente.
Rifa-se um coração cego, surdo e mudo, mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que, ainda não foi adotado, provavelmente, por se recusar a cultivar ares selvagens ou racionais, por não querer perder o estilo.
Oferece-se um coração vadio, sem raça, sem pedigree.
Um simples coração humano.
Um impulsivo membro de comportamento até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos que, mesmo estando fora do mercado, faz questão de não se modernizar, mas vez por outra, constrange o corpo que o domina.
Um velho coração que convence seu usuário a publicar seus segredos e, a ter a petulância de se aventurar como poeta.